Por que é tão difícil encontrar alguém plenamente satisfeito com a própria realidade? — Atire a primeira pedra quem nunca se sentiu assim! Mas, essa questão poderá até ser respondida satisfatoriamente por alguém que já despertou, está consciente da realidade universal e compreende as suas leis. Num primeiro momento, quando pensamos nisso, nos parece só filosofia ou algo misterioso, mas não é.
Sugerimos, que o nosso nível do despertar elementar, ou seja, o entendimento sobre a vida, é identificável a partir da observação de alguns critérios:
1) O quanto somos capazes de gerir as nossas emoções?
2) Quanto nos abstemos de exprimir julgamentos sobre outrem?
3) As nossas escolhas, consideram sempre a lei de causa e efeito?
4) Qual o nosso nível de serenidade, calma, como encaramos os momentos de ‘stress’?
5) Qual é a nossa humanidade, a dor alheia nos choca?
6) Qual é a nossa capacidade de contemplação do que é externo de nós?
7) Nós nos detemos para fazer reflexões sobre a nossa existência?
Entretanto, é possível a qualquer indivíduo perceber que existe algo de diferente consigo, e isso, lhes gere insatisfação e atribua isso motivos específicos pelos quais se sente incompleto. Mas, este indivíduo, invariavelmente atribuirá a culpa dos infortúnios aos fatores externos: (as ações de outras pessoas; o dinheiro e/ou o poder que detém; o quanto é ou não é reconhecido, etc.)
Por fim, as questões existenciais são recorrentes em nossas vidas, porque é da natureza humana a busca, mesmo que inconscientemente, da completude, do que comumente denominamos de felicidade. Fato esse, ao que tudo indica, somos um microcosmos, um universo em miniatura. E, como sabemos, o universo se expande continuamente e o mesmo ocorre com nossa a consciência. Por isso, é raro conhecermos alguém que honestamente afirme que está pleno de satisfação, porque sempre apontará algo que lhe falta, deseje ou algo que queira viver. Se compreende sobre o que falamos, sorria, se não, bem-vindo aos mistérios da existência.