Se olharmos para a história da humanidade, sempre vamos descobrir alguém em tempos remotos, que fez algo extraordinário em prol de um grande amor, por exemplo, no XII a.C.: o amor de Helena (esposa de Menelau rei de Esparta) pelo príncipe Grego Paris: Contada na quase mitológica (guerra Troia), onde o amor de Helena e Paris causou um conflito de estado e não teve final feliz para os amantes.
Assim, também, em nossos dias, que invariavelmente parece que ocorre a mesma coisa. Porque nem sempre uma “grande paixão”, um “amor avassalador” é garantia de felicidade duradoura.
Então! De que amor estamos falando, o que significa eu te amo?
Em primeiro lugar, tenho lá minhas dúvidas sobre o conceito de amor, exceto pela parte que teólogos nos ensinam sobre o amor de (Deus). Porque quanto ao amor entre humanos, julgo que está muito defasado, ou melhor definindo, o conceito de amor se esvaziou, se tornou, uma mera questão de posse.
Depois, vale a pena rememorarmos os diversos amores, segundo a definição dos Gregos antigos, diziam eles, existirem os seguintes amores:
Philautia: é uma espécie de falso amor-próprio, que é semelhante à arrogância e narcisismo;
Pragma: É um amor baseado na dedicação ao bem maior. Amor pragmático, os romances e a atração são em favor de metas compartilhadas e compatibilidades;
Ludus: É uma forma de amor mais divertida. É definido por brincadeira, alegria e falta de compromisso;
Eros: É o relacionamento que frequentemente associamos à palavra “amor”, é caracterizado pelo romance, paixão e desejo;
Philia: É o sentimento que temos com nossos irmãos ou amigos próximos. É sincero, platônico e mutuamente benéfico. É uma das conexões mais poderosas que duas pessoas podem compartilhar. Estas relações são íntimas, autênticas e seguras;
Storge: É o tipo muito especial entre pais têm e filhos, os amam exatamente como são, é que os que inspira perdoarem seus filhos, incondicionalmente e;
Ágape: É o sentido universal do amor, é um amor incondicional para todos os seres vivos. É o que nos dá o desejo de fazer o bem, compaixão e altruísmo. E, é caracterizada por uma forte conexão com a natureza, a humanidade e o universo.
A questão é, quando ouvimos “eu te amo” de alguém, isso nos remete a um compromisso, a reciprocidade e tudo mais que decorre e se espera do amor verdadeiro, e com isso, deveríamos sentir seguros e felizes.
Mas, não é o que invariavelmente ocorre, pois, tudo muda, é por vezes, não saberemos ao certo que amor se referia quem nos fez a declaração tão famosa (amo você). Isto porque, ao ouvirmos a declaração de amor e tão logo surgirão as dúvidas e com elas as incertezas passam ditar as regras de comportamento aos amantes.
Fato é, que o tal (amor) imaginado que outrem sentem por nós, ou que sentimos por outra pessoa, não é garantia de felicidade. Visto que, como foi no passado, agora também o é, apenas um gerador de sensações dolorosas e estressantes, que ao final das contas te sufoca e elimina quaisquer sentimentos de apego e carinho. Tal como foi o resultado em Troia, uma guerra, que ao final eliminará por completo a esperança de felicidade dos amantes.
Proponho nesta reflexão, deixarmos de lado os conceitos tradicionais do amor. E, passemos observar algo que é mais perene, e o que tudo demonstra por seu caráter eterno: (as leis universais da natureza). Ver como tudo acontece no mundo natural. Por exemplo: os pássaros migram por milhares de quilômetros para procriar, as baleias se deslocam milhares de quilômetros para ter seus filhotes. Assim é para toda espécie no reino animal. Julgo que deveríamos confiar mais em nossos instintos e menos na nossa intelectualidade que é cheia de conceitos, (eu te amo), e tudo mais.
Por fim, a questão é, por que nós humanos que estamos no “top” da evolução como seres desde planeta, e por que somos tão inconstantes e inconsequentes quanto ao amor? É se eliminássemos esse sentimento de posse que demonstramos sobre quem dizemos “amar”, talvez, seguindo as leis naturais, nossos instintos, a felicidade seria só mais uma consequência óbvia do amar.
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